Imagine que uma decisão política em Washington, D.C. transforma o preço do café que chega à sua casa em Curitiba — e, em cadeia, influencia os custos das construções na cidade. Essa é a realidade incerta que o segmento imobiliário enfrenta a partir de 1º de agosto de 2025.
O governo de Donald Trump anunciou que a partir de 1º de agosto de 2025, entrará em vigor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA, sem possibilidade de adiamento, segundo o secretário de Comércio americano Howard Lutnick.
A decisão foi descrita como retaliação ao processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que elevou a disputa ao campo político e diplomático.
Os setores mais afetados incluem café, suco de laranja, açaí, carne bovina, celulose, madeira, autopeças, aeronáutica (incluindo Embraer), entre outro.
A tarifa faz parte de uma política de tarifas recíprocas gerais, com base numa estrutura inédita anunciada em abril como os "Liberation Day tariffs" — mas agora elevadas especificamente para o Brasil a 50% em agosto.
Exportadores de cafés e sucos já temem queda da demanda e acumulo de estoques, o que pode derrubar os preços internos no Brasil.
Açaí, um dos ícones do agronegócio brasileiro, pode se tornar “produto de luxo” nos EUA, pressionando a cadeia produtiva para encontrar outros mercados ou reduzir produção.
Na aviação, a Embraer pode perder contratos e ter entregas canceladas nos EUA, causando instabilidade financeira e efeitos em fornecedores locais.
O governo brasileiro tem buscado urgentemente redirecionar exportações agrícolas para outros países, mas enfrenta barreiras logísticas e comerciais.
Setores impactados como celulose, madeira e autopeças são insumos relevantes na construção civil. Com preços pressionados globalmente, pode haver aumento no custo de materiais como madeira e componentes metálicos, apesar da tarifa ser aplicada nos EUA, mas impactando importadores e fornecedores que atuam globalmente.
A incerteza gerou queda de mais de 2% no real frente ao dólar, o que encarece financiamentos atrelados ao câmbio e pressiona a inflação local e, por consequência, os custos de obras e repasses de valores dos imóveis — inclusive em locações futuras.
A valorização imobiliária em Curitiba tem sido forte. A demanda por imóveis bem localizados e com boa infraestrutura segue sólida, mas se os custos de construção subirem, os lançamentos podem reduzir ou atrasar, reduzindo a oferta e elevando preços nos segmentos mais disputados.
Em cenários de maior incerteza, alguns investidores podem buscar “porto seguro” em imóveis prontos para locação, ao invés de financiar construções em andamento. Isso pode elevar o interesse por imóveis usados e contemporâneos em bairros como Cabral, Água Verde e Cristo Rei, onde já existe perfil de alta liquidez.
Valorização local importa mais que global: projetos com foco em sustentabilidade, inovação e infraestrutura (como retrofit, eficiência energética, Smart Home) tendem a sobreviver melhor ao aumento de custos.
Diversifique o perfil de imóveis para locação: diversificar entre comercial e residencial pode proteger contra choques de demanda por exportações.
Ajuste previsibilidade de custos: quem trabalha com incorporadoras deve negociar contratos com cláusulas que limitem variações abruptas de preços.
Explore bairros bem conectados e com infraestrutura pública: zonas valorizadas e consolidadas tendem a resistir melhor às flutuações.
Monitore câmbio e crédito imobiliário: amortizar dívidas em dólar ou indexados ao dólar pode não ser o melhor cenário nos próximos meses.
Ninguém consegue controlar o cenário internacional mas você pode decidir como reagir a ele. Em um mercado mais volátil, a diferença entre um bom negócio e um problema futuro está na qualidade da orientação que você recebe.
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